(Publicado no jornal Metro do dia 20 de Janeiro de 2006)
O governo proibiu os galheteiros de azeite nos estabelecimentos de restauração, passando estes a ter de servir este tempero em embalagens individuais. Sem dúvida nenhuma por motivos de saúde pública. Há algum tempo atrás passou a ser proibido servir água em garrafas de plástico pois estas são facilmente violáveis. Mais uma vez por motivos de saúde pública. Não tenho nada de relevante a acrescentar, ao que já foi escrito na imprensa nacional, sobre este assunto. No entanto, fico perplexo com estes governos que se preocupam tanto com o que comemos, que se preocupam tanto com o que bebemos mas não se preocupam com a qualidade do ar que respiramos nestes mesmos estabelecimentos de restauração. Acho que os nossos governantes não têm a noção de que os humanos sobrevivem de acordo com a regra dos três: três dias sem beber água, três semanas sem ingerir comida mas apenas três minutos sem respirar! Contudo, enquanto esperamos por uma refeição num restaurante, que respeita todas as leis em vigor, somos envenenados através das mais de 4000 substâncias tóxicas existentes no fumo de tabaco. É veneno que anda no ar que respiramos. Mas parar de respirar não é solução pois seria grande a probabilidade de morrer asfixiado, mesmo antes de ter tido tempo de beber água contaminada ou de ingerir azeite impróprio para consumo. Agora foram os galheteiros. Para quando o maldito tabaco?
quarta-feira, janeiro 18, 2006
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1 comentário:
Rui, deixa-me só acrescentar o seguinte ao teu post. Repare-se como a "discriminação" nos locais de repasto é feita ao contrário. Lembro-me quando saiu uma lei (hum, será que saíu??) que obriga a haver um espaço para os fumadores e os não-fumadores. Note-se que esse espaço é muito menor para os não-fumadores. E que normalmente fica mais para o interior do estabelecimento, sem arejamento, nem qualquer tipo de protecção contra os fumos que exalam da outra zona. Isto nos restaurantes que tem esta zona. , é claro...
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