terça-feira, julho 04, 2006

Re: O que é seu, é nosso

Resposta ao artigo "O que é seu, é nosso" de Luís Silva saído na revista "dia D".

--

Sr. Luís Silva, estava de férias quando li o seu artigo na revista diad (suplemento do jornal público) e sem acesso à Internet, por isso demorei a responder. Não tive dúvidas que é um fumador. Só assim se compreende as afirmações que faz neste seu artigo publicado a 26 de Junho de 2006. Só um fumador poderia estar a defender a causa dos fumadores. Como afirma no seu artigo, o tabaco faz mal, principalmente o fumo alheio a terceiros. O que provavelmente não deve saber é que basta um cigarro para conspurcar o ambiente de uma sala fechada. Relativamente ao seu artigo, a sua opinião até é interessante. A liberdade deve ser dada: aos proprietários para que estes decidam se o seu estabelecimento deve ser dirigido a fumadores ou não fumadores, a liberdade deve ser dada aos próprios clientes para que decidam se determinado estabelecimento é adequado ao seu nível de tolerância ao tabaco e graças à saudável concorrência, vão começar a aparecer, como cogumelos, estabelecimentos para não fumadores. Em que país é que o Sr. Luís Silva vive? Pense no número de restaurantes e cafés que conhece onde não seja permitido fumar. Pense no número de fumadores, que conhece, que respeitam a actual lei do tabaco. A próxima vez que sair à noite tente ir a um restaurante onde não se fume. A seguir tente ir beber um copo a um bar onde não se fume e a seguir porque não até dançar um pouco. Conseguiu? Tenho as minhas dúvidas.

Liberdade aos proprietários!? Eles não tiveram essa liberdade até agora? Se os proprietários tivessem uma preocupação genuína para com os seus clientes não fumadores, já teriam feito alguma coisa por esta altura. No entanto, qual é o resultado? Seria de esperar uma mudança de atitude dos proprietários com a nova lei, dando-lhes a hipótese de opção? Não me parece!

Liberdade aos clientes!? Boa ideia. Os clientes fumadores continuavam a ter a liberdade de fumar onde e quando lhes apetece e sendo assim ficava tudo na mesma. Os clientes não fumadores, não gostando, que fossem para casa... como vão agora.

A livre concorrência vai atrair investidores para espaços de lazer sem fumo? De que é que eles estão à espera? Talvez da nova lei do tabaco...

1 comentário:

Anónimo disse...

enquanto o governo não ata nem desata aqui vai uma ajuda para quem se incomoda com o fumo:
http://no-smokezone.planetaclix.pt