"A partir do dia 1 de Janeiro deste ano, entrou em vigor a nova lei do tabaco, que limitou o fumo em espaços públicos. Três meses depois da nova legislação, o balanço é positivo para a coordenadora do núcleo regional norte do Programa de Educação para a Saúde da Liga Portuguesa de Luta contra o Cancro (LPCC), conforme noticia a Lusa.
«A entrada em vigor da lei foi muito importante porque as crianças se começaram a aperceber que afinal o hábito não é assim tão normal e que não é um comportamento aceite nem desejável socialmente. Esta lei vai ter efeitos a longo prazo nas crianças que nunca experimentaram e que agora sabem que fumar não é um hábito social desejável», explicou Cristiana Fonseca.
Para a coordenadora, os efeitos da nova lei começaram a sentir-se «logo no primeiro dia»: «A maioria das crianças sabe que fumar faz mal, até porque está escrito nos maços de tabaco, mas achavam que era um hábito aceite socialmente. Hoje, vêem que os pais não podem fumar à mesa do restaurante e que têm de ir para a rua para o fazer».
Vício começa na adolescência
Os jovens são uma faixa etária de risco, porque é aí que a maioria começa a fumar. «A idade de risco está na transição da infância para a adolescência, dos 11 até aos 13, 14 anos», pois as crianças começam a sentir-se «mais soltas, convivem com colegas muito mais velhos, têm mais liberdade de horários e, muitas vezes, estão mais longe de casa».
A juntar a isto o facto de os jovens adolescentes procurarem permanentemente a integração num grupo, estão reunidas as condições que «permitem a experimentação». A nova lei do tabaco veio ajudar o trabalho de prevenção da LPCC e, segundo Cristiana Fonseca, mudou a ideia de «quem está mal muda-se», para «as regras são para cumprir»."
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